quinta-feira, 5 de julho de 2012

I Ensaio - Visita


Deitou na manta que cobria o assento e inultimente tentou sentir algum resquício do cheiro, que foi a causa da embriaguez que lhe correu todo o corpo desde o momento em que abriu a porta e deu de cara com o moletom xadrez encorpado e  novo, apesar  de sempre. Como cabiam tanta doçura e tanto desejo naqueles olhos? Ou nos próprios refletidos na íris à sua frente, como preferiu acreditar depois. Sentiu-se tão mulher que, no mesmo instante, uma criança assustada emergiu à sua pele e roubou toda coragem de começar a história que lhe tira o sono agora.

3 comentários:

  1. Às vezes é assim... a gente fica com um medo de crescer. A gente se protege. E a gente pode se arrepender muito...

    um beijo, moça.

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  2. Obrigada pelo comentário! Dei uma olhada no seu blog, vou ler com mais calma e comentar! Beijo!

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